Bolsonaro tenta explicar sobre desastre ambiental na 75ª edição da assembleia geral da ONU
O presidente Jair Messias Bolsonaro, em sua apresentação na ONU, rebateu duramente às críticas internacionais que vem recebendo quanto a sua gestão no que tange a política ambiental.
Em seu discurso Bolsonaro discorreu sobre os interesses "escusos" internacionais na Amazônia que aliados a organizações brasileiras "impatrióticas" desejam prejudicar o governo e o Brasil.
Em seu discurso de aproximadamente 14 minutos, Bolsonaro afirmou que o país sofre com ondas de desinformações brutais sobre as queimadas do Pantanal e da Amazônia, além disso, o presidente endossou que as queimadas na realidade ocorrem praticamente sempre no mesmo lugar e que devido a umidade da floresta Amazônica ela não sofre com queimadas severas, apenas a sua lateral sofre com os danos dos incêndios. Bolsonaro afirmou também que caboclos e índios queimam esses lugares em busca de sobrevivência.
Em contrapartida, dados revelam que as reais estatísticas quanto a Amazônia não são tão animadores, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente, que coordena o Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon, revelou que o desmatamento na Amazônia subiu 68% em agosto de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já Pantanal, por sua vez, bateu recorde histórico de queimadas para todo o mês de setembro ainda na primeira quinzena. Foram mais de 5.600 focos de incêndio, número quase três vezes acima da média para o mês.
O Presidente ressaltou também que durante a crise da Covid-19 a agropecuária brasileira trabalhou para alimentar o mundo, afirmou também que o trabalho do agronegócio respeita a melhor legislação ambiental do planeta e destacou que apenas 27% do território nacional é utilizado para esses fins.
Além disso, o presidente também discorreu um pouco sobre a COVID-19 e reforçou as medidas utilizadas para amenizar o impacto econômico causado pelo coronavírus no país e reforçou a liberação do auxílio emergencial em parcelas de U$1000,00 dólares para 65 milhões de brasileiros e categorizou esse feito como o maior programa de assistência aos mais pobres no Brasil e talvez um dos maiores do mundo.
O Presidente encerrou o seu discurso com um apelo aos outros
países, pedindo liberdade religiosa e combate a cristofobia, e por fim,
endossou que o Brasil é um país cristão e conservador.
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