Procuradores da Lava Jato confessam que destruíram as provas das conversas no Telegram

Procuradores tiveram que confessar que tentaram destruir as provas

Após as cobranças para que os procuradores entregassem seus celulares para que a polícia investigasse a origem das mensagens, e inclusive alguma suposta invasão 'hacker', como dizem os procuradores, eles optaram por uma estratégia típica de criminosos: ao invés de entregar os celulares para a perícia, emitiram uma nota dizendo que cancelaram as contas do aplicativo e excluíram as mensagens do aparelho e na nuvem (ou seja, acabaram de confessar a destruição de provas, para obstruir a justiça e impossibilitar a perícia).

Há suspeita de crimes de abuso de poder, obstrução de justiça e outros crimes, após as divulgações do The Intercept, que demonstram que a condenação do ex-presidente Lula foi forjada pelos procuradores com a ajuda de Sérgio Moro.

Se deram mal

Além de confessar a destruição de provas, segundo alguns jornais, o Telegram pode recuperar as mensagens. Agora, não há como se esconder.

A nota:

"Tendo em vista a continuidade, nos dias subsequentes, das invasões criminosas e o risco à segurança pessoal e de comprometimento de investigações em curso, os procuradores descontinuaram o uso e desativaram as contas do aplicativo Telegram nos celulares, com a exclusão do histórico de mensagens tanto no celular como na nuvem"